
São tantos livros de auto-ajuda, nas revistas pipocam artigos cheios de lições sobre a vida e relacionamentos, teorias filosóficas, teorias familiares, opinião do pai, da mãe, do vizinho, da avó, do melhor amigo... Todos tentam nos alertar e nos ensinar o melhor caminho a seguir. Mesmo assim, muitas vezes, só nos resta ouvir a nós mesmos. Temos que cometer nossos próprios erros, aprender nossas próprias lições.
Hoje me lembrei de um quadro infantil - acho que era no programa do Sérgio Malandro (Rááááá!) -em que as pessoas tinham que colocar a mão numa cumbuca, de olhos vendados, sem saber o que tinha lá. Às vezes tinha bichos, como cobra, sapo, baratas. Outras havia uma gosma verde, lama, ou simplesmente espuma, bolinhas de isopor ou confete. O legal é que no fundo da cumbuca tinha um prêmio. Muita gente nem se atrevia a meter a mão lá, por medo do desconhecido… e ficavam a ver navios.Não tem jeito, temos que parar de adiar decisões e colocar a mão na massa (ou na cumbuca) e aprender que saber a verdade é melhor do que ficar tentando imaginar como poderia ter sido ou como pode ser. Andar é melhor que ficar parado, trabalhar é bem melhor que esperar ganhar na loteria, malhar é mais vantajoso que tentar emagrecer... e por aí vai. E mesmo diante da pior derrota, do irreparável erro, da tristeza de uma decepção... nada é pior do que aquele sentimento vazio de nunca ter tentado.