quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Ciao

Em 1994, eu deveria ter uns 13 anos (sou péssima em matemática). Na época, ter um CD player era coisa pra poucos. Foi nessa época que meu pai nos presenteou (a mim e minha irmã mais velha) com um toca CD fudido. Tinha dois decks de cassete, FM/AM, estéreo... era um fenômeno. Meus amigos ficaram morrendo de inveja. Eu me achava a tal.

O problema é que naquela época eu não trabalhava, minha mesada era bem modesta e eu não tinha grana pra comprar CDs. Meu pai então comprou uma coleção da revista Caras, que trazia de brinde CDs de música clássica. Um deles era dos “3 Tenores”, que fez muito sucesso depois da abertura da Copa de 94, nos EUA, e no encerramento da Copa de 98, na França. Foi então que descobri Pavarotti.

Claro que tudo começou com uma falta de opção de CDs para ouvir. Na ânsia de ver meu super-aparelho que tocava aquelas bolachinhas prateadas funcionando, apelei para os discos do meu pai. Eu nunca entendi muito de música clássica. Mas posso dizer que lá com meus 13 anos, o tal do Pavarotti me conquistou. Ficava encantada com aquele ‘voizerão’. Acho que ouvi mil vezes as mesmas músicas. Até acreditava que podia cantar em italiano (risos).

Posso até estar enganada, mas acho que Pavarotti popularizou a música erudita. Dificilmente alguém nunca tenha ouvido falar dele ou suas performances. Hoje de manhã eu fiquei bem triste ao assistir o “Bom Dia Brasil”. Pavarotti se foi. O gordinho simpático com aquela voz imponente que sempre me emocionava ao cantar, hoje me emocionou outra vez, porém, com seu silêncio.


You say that the river
finds the way to the sea
and like the river
you will come to me
beyond the borders
and the dry lands
You say that like a river
like a river...
the love will come
the love...
And i don't know how to pray anymore
and in love i don't know how to hope anymore
and for that love i don't know how to wait anymore

Um comentário:

Thaís disse...

Não cheguei a ser fã de Pavarotti. Na verdade, conhecia pouco o repertório dele. Mas lembro de ouvi-lo cantar "La donna è mobile", uma das minhas árias prediletas. E, claro, aquele inesquecível dueto com Bono em Miss Sarajevo. O inconfundível lenço branco e o gesto de enxugar o suor depois de mostrar a potência de sua voz durante as apresentações certamente vão deixar saudades...

Beijos e bom feriado!