Há um tempo atrás eu dizia sem medo: Se apaixonar é brega demais. Amar é coisa de gente fraca que precisa do outro para se sentir completo. Ainda bem que eu tenho um lema (lema?! que palavra feia é essa, parece lesma!). Então, como ia dizendo, eu tenho um lema: “Só os mortos não mudam de idéia”. Como eu estou bem viva, esbanjando saúde, assumo: mudei de idéia. Se apaixonar é bom, amar melhor ainda. Nunca usei drogas, mas deve ser uma sensação parecida, ou até melhor. Deve ser como dançar com o Bono ao som de uma multidão histérica querendo estar em seu lugar. Talvez seja semelhante à sensação de tomar uma taça de um bom vinho com vista para o mar. Ou seria como beijar na boca e fazer sexo ao mesmo tempo? Hummm.
Então, como eu ia dizendo... o que eu estava dizendo mesmo? Ah, que eu mudei de idéia sobre amar, se apaixonar. Eu confesso, não resisto a um homem inteligente. Não é aquele “nerd”, mas um homem que saiba conversar sobre tudo. Ter um gosto musical semelhante já é meio caminho andado. Ter uma preferência cinematográfica (será que essa expressão existe?) parecida também ajuda. Agora junta tudo isso a uma personalidade marcante e estilo sem clichês e totalmente sussa-desencanable... Uau. Os loiros que me perdoem, mas prefiro os morenos. Os altos também, porque basta ser um pouco mais alto que eu (tipo Tom Cruise tá ótemo!). Os “bombados” também... Não curto “barangos”, mas de tanquinho já basta o meu aqui de casa onde tenho que lavar roupa. Um sorriso bonito + simplicidade = meio caminho andado. Ah, cabelos grisalhos são como cereja no bolo. Afinal, homens e vinho são uma combinação perfeita.
Então, como eu ia dizendo. Amor, além de coisas explicáveis, como afinidades e um inexplicável gosto sobre o físico e o psicológico, envolve também a tal química, que também não faz muito sentido lógico. Mas faz uma diferença... Será que a ciência explica? Agora junta tudo isso e dá o que??! Dá merda, porque estar completamente enamorado é estar disposto a se expor ao ridículo, a carregar melancia no pescoço e sair por aí suspirando feito uma criança que não tem malícia nem medo do futuro. Você simplesmente se joga vendado de um trampolim sem saber o que espera lá embaixo.
Então, como eu ia dizendo... sou brega, sou fraca, preciso do outro para me sentir completa e estou viva – graças a Deus -, porque o dia que fui achada pelo homem mais no-clichê-sussa-desencanable-wonderful-smile-of-the-world eu mudei de idéia e descobri que amar, embora não faça sentido, é bom demais. Então, o que eu estava dizendo mesmo??! Ah, deixa pra lá...
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