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sexta-feira, 18 de junho de 2010
Felicidade sim
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Que mãe que nada: padecer no paraíso é torcer pra seleção de Dunga
Acabou a primeira rodada da Copa do Mundo. E já começou a segunda no mesmo dia.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Quem diz "CALA BOCA GALVAO"? | Just like a wavin' flag
sábado, 12 de junho de 2010
Final de Copa: Brasil x Argentina
Esse duelo paralelo entre Dunga e Maradona era um entre tantos da final que estava para começar. Brasil e Argentina pela primeira vez decidiam o Mundial. A novidade coube à África do Sul, palco de uma Copa inacreditável.
Jogo truncado, com duas equipes se arriscando pouco, esperando um ataque para poder partir para o contra-ataque. E foi justamente em um contra-ataque que tudo aconteceu.
O Brasil finalmente pressionava, aos 30 do segundo tempo, quando Mascherano rouba a bola e faz um lançamento certeiro para Messi, que dispara sozinho para disputar a jogada com Julio César.
A bola quica uma única vez no chão e ganha altura. Lúcio corre atrás de Messi, mas o atacante continua à frente. A bola começa a descer. Ao seu encontro, Julio César e Messi sobem no ar.
Messi parece não ter chance. Mas a bola dividida no ar voa na direção do gol.
Gol da Argentina.
Gol de mão.
Num flash, vejo o Olé do dia seguinte estampar “La mano de Dios 2 – Argentina Tri”. Imagens na TV mostram Maradona pelado pelas ruas de Buenos Aires.
Minha visão volta ao campo. Messi corre para o banco de reservas para abraçar o técnico. Mas quem é aquele no banco? Que máscara negra é aquela?
Darth Vader! O que ele faz no banco da Argentina? Messi o abraça.
Darth Vader tira a máscara... e revela o rosto de Diego Armando Maradona. Ele puxa o ar e diz: “Messi... yo soy tu padre... qrrrsssssssssssssssss...”.
Acordo com dores. Sempre tenho pesadelos quando a ceia é farta.
Coisa para nunca mais se repetir em época de Copa.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Se os pais já não educam e os avós estragam, vai querer que o Tio (Sam) chame a responsabilidade?
Sou um fã um tanto quanto desnaturado do seriado Sex and the City.
Já assisti algumas temporadas e quando a série virou filme, me recusei a assistir! "Primeiro quero assistir a todos os episódios, depois vejo o filme".
Só que essa ideia de assistir a todos os episódios não se concretizou até hoje. E com o lançamento do 2° filme, entrei na onda da HBO e assisti O Filme.
Talvez uma das partes que mais gostei é quando Miranda (Cynthia Nixon) está no consultório de uma terapeuta com seu marido. O conselho é mais ou menos assim: "ou vocês colocam uma pedra nas coisas que aconteceram e seguem a vida, ou a vida é que não vai seguir".
Isso é ao mesmo tempo sensacional e óbvio! É a sabedoria do lugar comum.
O premiê de Israel, Binyamyn Netanyahu deveria ser apresentado àquela conselheira!
Tudo bem, a pessoa tem quer ser imbecil para negar o Holocausto, mas ele acabou, passou. Não bastasse seu terrível acontecimento, alguns esclarecidos sabem um pouco de como foi a criação do Estado de Israel.
Não bastasse o genocídio de 6 milhões de judeus no século XX teremos agora, homeopaticamente, a morte dos cerca de 1,5 milhão de habitantes da Faixa de Gaza? Será que tudo o que Hitler conseguiu ensinar aos judeus foi como matar inocentes? Sim, inocentes! Se todos ali fossem terrorista suicidas eles se explodiriam ali mesmo e, ainda assim, fariam um puta estrago!
O fator trágico/cômico disso tudo é que a relação EUA/Israel parece escrita por Glória Perez. Tente se lembrar do casal César e Ilana (Antonio Calloni e Ana Beatriz Nogueira, respectivamente) eles achavam lindas as barbaridades cometidas por seu filhinho Zeca (Duda Nagle). Seja honesto comigo! A coisa não é por ai? A Casa Branca parece não ter olhos para as atrocidades de Israel. E será que só tem esses dois adultos nessa bola azul? Pelo amor de nós! Alguém tem que fazer alguma coisa! Se os pais já não educam e os avós estragam, dependemos que o Tio (Sam) chame a responsabilidade!
O que parece ser irônico é que turcos - sim, aqueles mesmos do Império Otomano que até o começo do século XX levavam terror a muitos habitantes daquela região - foram mortos armados com remédio e arroz.
Tragédia, comédia, ironia etc, de tanta qualidade que nossos escritores só conseguem retratar. Nessas horas chego a lamentar que O Autor não faça uso do Ctrl Z.
sábado, 5 de junho de 2010
O monstro da janela
CHAMADA 1
— Bombeiros, emergência.
— Moço, socorro! Tem um monstro horrível aqui em frente de casa
— Calma senhora. Poderia informar seu nome?
— Moço... tá aqui na minha janela, com cima da árvore. SOCORRO!
— Senhora, peço calma. Como é esse... (titubeia).
— Monstro! É monstro! É preto! Tem uma espada que sai da boca. Os olhos parecem de vidro. Ele tá olhando pra mim. ELE TÁ OLHANDO DIRETO PRA MIM!
— Mantenha a calma, senhora. Pode me informar seu nome e endereço, por favor.
— Renata! Socorro!
— Renata Socorro?
— Não, moço, só Renata. Ou melhor, Renata Azambuja. Socorro é o que eu to pedindo.
— Ok, senhora Renata Abujamra...
— Azambuja!
— Certo, senhora Renata... qual é o seu endereço?
— Asas! Tem asas essa coisa.
— O quê?
— O monstro! Tem terríveis asas negras. Arrrrhhhhh.... acabei de ver!
CHAMADA 2
— Bombeiros, emergência.
— Ahhhhh! É a Renata de novo!
— A Renata Socorro?
— Azambuja! SOCORRO!
— Nós já enviamos uma equipe até aí. Devem estar chegando.
— Mas tem outro monstro agora... lá no chão... eu to vendo daqui.
— Ahn...
—Tem pernas enormes, compridas... e usa alguma coisa na cabeça. SOCORRO!
— Senhora Renata, a senhora usou algum tipo de psicotrópico nos...
— NÃO! Tem dois MONSTROS aqui! Um tá na minha janela, em cima da árvore! Outro tá no chão, correndo de um lado pro outro na rua... oh, meu Deus! OH, MEU DEUS!
— O que foi, dona Renata?
— Será que o pernudo tá procurando o da espada? Será que eles são inimigos? Será que vai ter uma batalha bem em frente ao meu prédio?... MEU CARRO! Meu carro tá na rua...
CHAMADA 3
— Bombeiros, emergência.
—Oi cabo Rogério. Sou eu de novo.
— Sim, Renata, o que é agora?
— Eu só queria agradecer o trabalho de vocês. Foram tão eficientes. To tranquila agora. Ufa!
— Que bom. Nós só cumprimos nosso dever.
— De onde vieram aquelas coisas?
— Humpf... De uma mata próxima à cidade. Houve bastante derrubada de árvore lá para a construção de um condomínio e é por isso que está tendo tanta fuga.
— Fuga?
— É, dona Renata. Mas tá tudo sob controle agora.
— É. Ufa. Assim me sinto realmente segura.
— Quem tá em segurança mesmo são o tucano e a siriema que resgatamos aí...
— Hã?!?
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Hoje, 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. E não preciso dizer que “comemorar” não é lá o verbo muito adequado. Já ouvi muita história de gente que vive tão no concreto que nunca viu galinha e vaca, a não ser na TV de cachorro ou no espeto. Vivo, só por foto, na televisão, no computador, no cinema... Ou seja, a natureza vira quase uma ficção, uma coisa de Avatar. E mesmo que a pessoa não ache mesmo que tucanos são monstros nem pense que florestas não existem, ela não vê muito motivo em defender algo que está tão distante.
Está em voga, já há alguns anos e com crescente força, uma onda ecológica/sustentável. Penso que percebemos a tempo, que dá pra salvar o planeta (com o saldo negativo de mais algumas espécies extintas), especialmente com o envolvimento do pessoal do concreto que antes não ligava para isso. Mas principalmente com a participação de grandes corporações. É claro que cada um pode fazer sua parte, rejeitar produtos de empresas que não têm uma política sustentável etc. Mas, no fim, é o envolvimento da grande indústria que vai fazer a diferença, a meu ver.
Ainda acredito que o Dia Mundial do Meio Ambiente posse ser realmente comemorado, celebrado, festejado, e talvez nem demore tanto. E, fala a verdade: melhor do que se ele fosse transformado no Dia Mundial de Recordar o Meio Ambiente, não é?
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Vale a pena ler também um outro texto que escrevi, relacionado a isso, alguns anos atrás: