Já a Renascer, reúne empresários e gente que almeja tal ocupação com uma estratégia de marketing montada por Estevam no início dos anos 90. Ele produziu uma apostila baseando-se nos ensinamentos do americano Philip Kotler, um dos papas do marketing mundial, que orienta os pastores da Renascer a serem eficazes na administração da igreja e sobretudo na atração e conversão de pessoas de maior instrução. Um dos tópicos da apostila diz que a Renascer tem de ser encarada como uma empresa no mercado e justifica os ganhos nas atividades da Igreja. Ou seja, não vê problema em a Igreja gerar lucro.
É fácil dizer que a Universal, engana os pobres, desavisados, inocentes que chegam aos templos atraídos, na maioria dos casos, pela teoria da prosperidade. Agora o que dizer desses fiéis “mais abastados”, empresários, famosos, pessoas estudadas, que lotam os templos e os bolsos da Renascer? Pois é, eles não podem se apoiar nessa “ignorância”. Tudo bem que a Globo adora bater nos evangélicos, mas esse é um caso merecedor de boas palmadas. Com tanta informação sobre o comportamento do casal Hernades na imprensa nos últimos meses (não apenas na Globo), o que mais me impressiona e choca, não é o lamaçal em que a Renascer se afundou, mas a atitude dos seguidores do casal que continuam lotando os templos, não para cultuar a Deus, mas a esses criminosos caras-de-pau, que seguem fazendo seu showzinho gospel via satélite para as igrejas, como se fossem o próprio Cristo injustiçado.
Estevam Hernandes movimentou cerca de R$ 4 milhões nos últimos cinco anos por meio de uma conta nos Estados Unidos. Tudo indica que o envio de dinheiro para o exterior foi feito de forma ilegal, sem declarar no Brasil. O casal pode ter um patrimônio de R$ 130 milhões, tudo em carros importados, apartamentos, fazendas e haras, no Brasil e no exterior. O promotor paulista Marcelo Mendroni, que começou a investigar a Renascer em 2002, denunciou (acusou formalmente na Justiça) Estevam e a mulher dele, Sonia, pelo crime de lavagem de dinheiro decorrente da prática de estelionato e falsidade. Para o promotor, a Renascer é uma organização criminosa criada para aumentar os bens da família Hernandes. Estima-se que o casal tenha pelo menos R$ 130 milhões em patrimônio.
Segundo a assessoria de imprensa da Renascer, as declarações do promotor são "enviesadas" e ainda "mentirosas, difamatórias e elaboradas deliberadamente de maneira a induzir ao erro a opinião pública". Fala sério, mentira e indução é a especialidade da Renascer. Como todo bom cristão, o mínimo que o casal podia fazer era assumir o erro, abaixar a cabeça e cumprir a pena pelas cagadas que cometeu em “nome de Cristo”. Mas não, a perua de Deus e seu marido insistem em dizer que são inocentes e seguem com seu espetáculo liderando um bando de gente que não sabe o limite entre a fé e o fanatismo. Como diria Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário