Apesar de polêmica, Amy vai além de uma pop star da pá virada. Sua voz é irresistível, semelhante à de uma diva do soul (jazz, R&B e sei lá mais o que) com bem mais de 23 anos. Não é à toa que ela vem impressionando a crítica especializada. No dia 19 de setembro a maluquinha foi a grande vencedora da 12.ª edição do Mobo (Music of Black Origin), festival que celebra a música negra. A premiação aconteceu no estádio O2 Arena,
humor | filmes | teatro | música | livros | esportes | séries | política (até isso!) | tudo que possa virar um texto minimamente interessante
domingo, 30 de setembro de 2007
Ok Amy, você venceu.
sábado, 29 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Blogálogo
Eduardo deixou um comentário. Com ele, havia sido o contrário. Todos Nós só havia se tornado uma banda de respeito só agora, neste terceiro álbum. Também deixou o endereço do próprio blog, onde escreveria sobre o CD.
Feita a postagem, logo apareceu um comentário de Angélica, lhe dedicando uma careta. Ela ainda recomendava outras bandas e cantores do mesmo estilo que fariam um trabalho bem melhor.
Eduardo baixou as músicas recomendadas por Angélica. Gostou de umas, desgostou de outras, mas preferiu seu Todos Nós. E deixou outro comentário no blog de Angélica.
O diálogo disfarçado em livro de visitas não parou por aí. Não bastavam que comentassem os posts; Eduardo e Angélica sempre se falavam mesmo pelos comentários.
Nenhum se preocupou em enviar e-mail ou pedir outro meio de comunicação. Aquele papo via blogs era divertido, diferente de tudo que faziam na internet. Não havia por que deixar a inovação pelo usual.
Se gostavam pelo que escreviam, mesmo nas diferenças, como no caso do Todos Nós.
"Bem que, um dia, poderíamos ter um diálogo menos... virtual", escreveu Angélica. Só aí trocaram MSN. Era uma quarta-feira. Eduardo perguntou se poderia ser "hoje". Angélica não podia. Tinha aula na pós. "Amanhã", propôs. Desta vez era Eduardo quem tinha compromisso.
"Que tal, então... depois de amanhã?"
"Fechado".
Se Pelé é rei, a Marta...
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Merda é cultura
Por incrível que pareça você pode aprender muitas coisas observando suas fezes
“Pelas leis da natureza todo homem é um produtor e um consumidor, ou seja, se ele consome ele também produz” - Paul Theroux
“You are what you eat”, can be inverted and thus interpreted, “You are what you shit”.
por Manoela Figueiredo (TRIP)
Prestar atenção nas suas fezes pode ser tão útil quanto checar se está com febre ou com a pressão alta. Pelo cocô é possível descobrir alguns problemas da sua alimentação, da sua saúde, dos seus intestinos e até mesmo de seus níveis de stress e ansiedade.
No momento que o alimento entra na boca, o organismo inicia um processo ultracomplexo para transformá-lo em uma massa pastosa chamada “quimo”. A mastigação, a saliva,a peristalse (contrações involuntárias dos músculos gastrointestinais), as bactérias, o ácido clorídrico, as enzimas digestivas, a bile e outras secreções são responsáveis em transformar os diversos alimentos nessa massa com aparência de sopa de ervilha.
Enquanto acontece a absorção dos nutrientes ao longo do tubo digestivo, os “restos” continuam seu caminho em direção à saída. No intestino grosso as sobras se misturam com água e se forma o bolo fecal – o cocô. Que é constituído de água, fibra insolúvel, alimentos não digeridos (casca de milho e sementes), células mortas, bactérias vivas e mortas, secreções e bile. As células vermelhas mortas também são eliminadas pelas fezes e são as responsáveis pela coloração marrom.
Se o processo acontece como esperado o final é uma visita saudável ao banheiro. Cada pessoa possui suas particularidades quanto ao seu “hábito intestinal” com suas devidas variações de freqüência, horário, consistência, odor e cor. Mas há uma expectativa e um consenso de como os dito cujos devem se apresentar. As fezes devem ter uma consistência cilíndrica e firme, porém macias, serem “encorpadas”, variar de marrom a marrom claro e ter um cheiro característico, mas não fétido. E, devem “sair” sem muito sacrifício.
Nem sempre isso acontece. E vários tipos, formas, cores e odores de cocô podem aparecer:
O cocô pode ser bem escuro, quase preto, quando sangue já seco de um possível sangramento interno está presente. Fezes com muco e com um sangramento mais intenso podem indicar uma alteração mais séria como hemorróidas, colite ou até mesmo câncer e é melhor procurar um médico. Dor ao fazer cocô também pode ser sinal de hemorróidas ou falta de fibras.Quando você toma muito vinho tinto as fezes também podem ficar bem escuras. Alimentos industrializados com corantes muito fortes e intensos podem deixar o cocô mais “colorido”. Assim como a beterraba deixa o cocô vermelho.
Se o cocô está verde claro pode ser um sinal de excesso de açúcar, frutas e vegetais e uma falta de grãos ou sal. Fezes amareladas podem indicar uma infecção por um parasita chamado giárdia, que causa uma diarréia intensa e amarela. Quem come muitas folhas e verduras escuras faz cocô verde escuro. Cocô verde também pode ser causado por excesso de ferro na dieta, vindo de complementos alimentares, por exemplo. Fezes muito gordurosas são típicas de má absorção e se forem seguidas de muitos gases podem indicar uma má absorção de carboidratos.
Com relação ao seu formato, cocôs tipo “lápis”: finos e compridos, podem indicar que alguma coisa interna está atrapalhando sua passagem ou que há um baixo consumo de fibras.
Fezes amolecidas e pastosas e com pedaços de alimentos podem indicar uma intoxicação alimentar, intolerância a lactose, uso de antibióticos e antiácidos e até situações de muita ansiedade.
Se o cocô se parece com cocô de cabrito, em bolinhas pequenas e ressecadas, pode ser um sinal de intestino preso. As causas são geralmente falta de fibras, água e consumo em excesso de gordura, fast foods e alimentos industrializados.
Se o cocô for muito fedido pode ser um sinal de desequilíbrio da flora intestinal (as bactérias saudáveis que moram no intestino e ajudam na digestão) ou um excesso de proteína animal que pode “putrefar”: apodrecer, dentro do intestino.
Alguns alimentos contêm compostos de enxofre, como o repolho e os puns podem ter um cheiro bem forte. Uma pessoa normal solta pum de 10 a 15 vezes durante o dia, mesmo que não os sinta.
Quando alguma coisa não vai bem certamente você vai sentir logo: dores, gases, cólicas, barriga inchada e uma sensação geral de desconforto são sintomas tanto de diarréia como de intestino preso.
Nosso organismo é a máquina mais perfeita que existe e, quando pede uma coisa deve ser atendido. O organismo vai se acostumando com as “negações” e “esperas” e depois de um tempo começa a falhar, causando problemas mais sérios. Portanto, se vier aquela vontade sobrenatural de fazer cocô, pare o que estiver fazendo e atenda seu intestino.
Teste se o seu cocô é saudável:
Ele bóia?
Afundam ( ) 1
Bóiam ( ) 2
Com que frequência você faz cocô?
Uma vez por dia ou dia sim, dia não ( ) 1
A cada 2 ou 3 dias ( ) 2
Qual a consistência?
Macia ( ) 1
Dura ( ) 2
Qual a cor do seu cocô?
Amarelo ( ) 1
Marrom ( ) 2
Como é o cheiro?
Muito fedido ( ) 2
Cheiro de cocô ( ) 1
Qual é o formato?
Tipo cabrito ( ) 2
Pastosa ( ) 1
Tipo banana ( ) 1
Líquidas ( ) 2
Resultados:
6 a 8 pontos – você parece bem saudável
9-10 pontos – Preste mais atenção. Aumente o consumo de frutas e vegetais
11-12 pontos – Cuidado! Talvez seja interessante procurar um médico ou nutricionista.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Do tempo do êpa!!!
Ainda me lembro quando tínhamos uma TV preto e branco, acredita? Ficava um negócio verde no miolo, parecia que ela estava esquentando, pegando no tranco... Lembro até da morte do Tancredo Neves (ai que medo!)... Num próximo post falo sobre as brincadeiras de rua e as festinhas americanas. Melhor parar por aqui, isso tá ficando meio constrangedor. Tenho a leve impressão que estou ficando... VELHA!!!
Compendíolo do amor
Mas, como quero continuar com a seqüência de historinhas românticas, fiz aqui um compendíolo (se você está na dúvida, isso é o diminutivo irregular de "compêndio") do que já foi publicado sobre o tema neste blog.
Divirtam-se.
Daniel
(Quase) Tudo Ficcional
O Sinal de Tulipa
A Carta
Happy Hour, Happy Day, Happy Life
Ebulição
O Dilema
Priscila
Hello Stranger
Se-é-que-você-me-entende (este não é conto, mas está no tema)
Samba nosso de cada dia...
domingo, 23 de setembro de 2007
Agora vejo em parte...
2: E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3: E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4: O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5: Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6: Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7: Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8: O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9: Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10: Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11: Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12: Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13: Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
(I Coríntios 13)
sábado, 22 de setembro de 2007
Top 5 - festinhas americanas
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
lose yourself
Há um tempo atrás eu dizia sem medo: Se apaixonar é brega demais. Amar é coisa de gente fraca que precisa do outro para se sentir completo. Ainda bem que eu tenho um lema (lema?! que palavra feia é essa, parece lesma!). Então, como ia dizendo, eu tenho um lema: “Só os mortos não mudam de idéia”. Como eu estou bem viva, esbanjando saúde, assumo: mudei de idéia. Se apaixonar é bom, amar melhor ainda. Nunca usei drogas, mas deve ser uma sensação parecida, ou até melhor. Deve ser como dançar com o Bono ao som de uma multidão histérica querendo estar em seu lugar. Talvez seja semelhante à sensação de tomar uma taça de um bom vinho com vista para o mar. Ou seria como beijar na boca e fazer sexo ao mesmo tempo? Hummm.
Então, como eu ia dizendo... o que eu estava dizendo mesmo? Ah, que eu mudei de idéia sobre amar, se apaixonar. Eu confesso, não resisto a um homem inteligente. Não é aquele “nerd”, mas um homem que saiba conversar sobre tudo. Ter um gosto musical semelhante já é meio caminho andado. Ter uma preferência cinematográfica (será que essa expressão existe?) parecida também ajuda. Agora junta tudo isso a uma personalidade marcante e estilo sem clichês e totalmente sussa-desencanable... Uau. Os loiros que me perdoem, mas prefiro os morenos. Os altos também, porque basta ser um pouco mais alto que eu (tipo Tom Cruise tá ótemo!). Os “bombados” também... Não curto “barangos”, mas de tanquinho já basta o meu aqui de casa onde tenho que lavar roupa. Um sorriso bonito + simplicidade = meio caminho andado. Ah, cabelos grisalhos são como cereja no bolo. Afinal, homens e vinho são uma combinação perfeita.
Então, como eu ia dizendo. Amor, além de coisas explicáveis, como afinidades e um inexplicável gosto sobre o físico e o psicológico, envolve também a tal química, que também não faz muito sentido lógico. Mas faz uma diferença... Será que a ciência explica? Agora junta tudo isso e dá o que??! Dá merda, porque estar completamente enamorado é estar disposto a se expor ao ridículo, a carregar melancia no pescoço e sair por aí suspirando feito uma criança que não tem malícia nem medo do futuro. Você simplesmente se joga vendado de um trampolim sem saber o que espera lá embaixo.
Então, como eu ia dizendo... sou brega, sou fraca, preciso do outro para me sentir completa e estou viva – graças a Deus -, porque o dia que fui achada pelo homem mais no-clichê-sussa-desencanable-wonderful-smile-of-the-world eu mudei de idéia e descobri que amar, embora não faça sentido, é bom demais. Então, o que eu estava dizendo mesmo??! Ah, deixa pra lá...
O dilema
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Nó na garganta...
Identificado como Ângelo de Jesus, lavrador de Pindobaçu (BA), afirmou que caminhou por quatro dias, sem comer, para chegar até Brasília (DF).
De calça jeans, chinelo e camisa, foi algemado por seguranças e levado para a frente do Palácio. O lavrador afirmou ter o braço machucado e por isso a algema o machucaria. Disse ainda que tinha a perna quebrada e que era portador de hanseníase.
Por diversas vezes, repetiu que só poderia falar com o presidente e gritava "presidente, socorre eu". Aos policiais, afirmou ainda que "só sei falar com o presidente". Ao ser rendido, disse também "policial, você tem mãe? Eu não sou bandido" e que pobre sofria muito.
Os seguranças tentaram acalmá-lo, sem sucesso, e o lavrador foi levado para uma ambulância do Corpo de Bombeiros.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Ebulição
domingo, 16 de setembro de 2007
Gabriela
- Porque a tia não casou ainda.
- Mas tia, por que você ainda não casou?
- Porque a tia ainda não encontrou alguém que quisesse casar com a tia, entende?
- Não, tia.
- Tia, eu não quero ter neném.
- Por que não?
- Porque tem que cortar a barriga.
- Ah, mas hoje você toma uma injeção e não sente dor pra tirar o neném.
- Pior ainda tia, injeção dói mais que cortar a barriga. Entende?
- Sim querida.
- Tia, eu te amo um montão.
- Eu te amo mais.
- Tia eu te amo do tamanho do céu.
- Eu te amo do tamanho do infinito.
- Tia, o que é o infinito?
- Infinito é o que nunca acaba.
- Então eu te amo do tamanho do infinito.
- Eu também querida.
- Ah tia, assim não vale.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Crying, Waiting, Hoping
(Eclesiastes 3)
Happy Hour, Happy Day, Happy Life
terça-feira, 11 de setembro de 2007
A carta
domingo, 9 de setembro de 2007
Se-é-que-você-me-entende
Poderia passar o dia todo enumerando elogios, mas o negócio é o seguinte: há anos eu não conhecia alguém capaz de me fazer esquecer que existe vida do lado de fora. Que me fizesse deixar de lado essa pressão constante, esse stress que me impede de expressar em palavras o que sinto e o que realmente você significa. Na verdade hoje só posso dizer algo assim: você-vale-a-pena. Às vezes gasto horas na frente do computador tentando encontrar uma maneira lírica pra explicar que ficar longe de você é como levar um-soco-no-estômago de tanta saudade. Como explicar a nostalgia que bate naqueles dias que saio sozinha do cinema meio anestesiada depois de ver um filme que você não-poderia-ter-perdido? Ou depois de descobrir uma música maravilhosa que deveria-ser-degustada-a-dois? Teve uma época em que eu pensava que sabia de tudo e foi quando tudo desmoronou ao meu redor. Foram momentos “quase-morri”. Momentos “quase-te-larguei”. Momentos “quase-parti”. Momentos “quase-te-esqueci”. Eu me senti uma pedra de gelo derrentendo nas suas mãos. Foda, foda, foda. Já tentei fazer de tudo para evitar dizer aquelas-palavras-que-te-assustam. Sim, para o meu total desespero, você foge para um mundo paralelo quando digo-que-te-amo. Já decidi que ao invés de pedir para que-se-case-comigo vou sugerir que fiquemos juntos até nos tornarmos velhinhos-que-usam-all-star. Tá ligado? Eu sei que você se expressa em silêncio, mas eu preciso falar, questionar e descobrir... Porque senão vou passar a vida como se vivesse eternamente em-um-grande-elevador, como se estivesse sempre na sala-de-espera-do-médico ou numa rodovia-eternamente-congestionada. Não é fácil traduzir você. Mas hoje eu me arrisco e eis então que te defino: você-é-poesia. Poder olhar para você me faz acreditar que as melhores coisas da vida realmente chegam para-quem-sabe-esperar. Eu não sabia, mas aprendi.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Ciao
O problema é que naquela época eu não trabalhava, minha mesada era bem modesta e eu não tinha grana pra comprar CDs. Meu pai então comprou uma coleção da revista Caras, que trazia de brinde CDs de música clássica. Um deles era dos “3 Tenores”, que fez muito sucesso depois da abertura da Copa de 94, nos EUA, e no encerramento da Copa de 98, na França. Foi então que descobri Pavarotti.
Claro que tudo começou com uma falta de opção de CDs para ouvir. Na ânsia de ver meu super-aparelho que tocava aquelas bolachinhas prateadas funcionando, apelei para os discos do meu pai. Eu nunca entendi muito de música clássica. Mas posso dizer que lá com meus 13 anos, o tal do Pavarotti me conquistou. Ficava encantada com aquele ‘voizerão’. Acho que ouvi mil vezes as mesmas músicas. Até acreditava que podia cantar em italiano (risos).
Posso até estar enganada, mas acho que Pavarotti popularizou a música erudita. Dificilmente alguém nunca tenha ouvido falar dele ou suas performances. Hoje de manhã eu fiquei bem triste ao assistir o “Bom Dia Brasil”. Pavarotti se foi. O gordinho simpático com aquela voz imponente que sempre me emocionava ao cantar, hoje me emocionou outra vez, porém, com seu silêncio.
You say that the river
finds the way to the sea
and like the river
you will come to me
beyond the borders
and the dry lands
You say that like a river
like a river...
the love will come
the love...
And i don't know how to pray anymore
and in love i don't know how to hope anymore
and for that love i don't know how to wait anymore
terça-feira, 4 de setembro de 2007
O sinal de Tulipa
sábado, 1 de setembro de 2007
Hello Stranger
Ela aproveitou o tempo para recapitular tudo o que havia acontecido nos últimos quatro meses: os e-mails, as conversas, a primeira ligação quando ela descia do ônibus, em dezembro, enquanto andava rumo a alguma loja no calçadão onde pudesse comprar o presente de amigo-secreto (detalhe, Carol odeia amigo-secreto, mas ia fazer um esforço, já que havia poucos meses que estava na empresa e não podia decepcionar). E enquanto ela disfarçava o desconforto com a ligação, tentava analisar a voz do rapaz ao mesmo tempo em que lhe contava sobre o tempo que estava fechando e que ia tomar um "banho" daqueles. Trocaram poucas palavras e cogitaram a possibilidade de um encontro em fevereiro. Essa foi a primeira ligação. A segunda? Foi na passagem de ano, 2005 para 2006. Como sempre, ela estava sozinha em casa (Carol odeia passagem de ano, pessoas vestidas de branco com aqueles clichês “feliz Ano-Novo” e etc.). As meninas estavam viajando e ela comprou um vinho para celebrar, sozinha, a virada. Não pôde viajar porque teve que trabalhar – o que não lhe trazia muita tristeza, já que detesta essa época do ano. Então, voltando ao telefonema. Alguém ligou. Ali, com a bunda quadrada na escada da rodoviária, ficou tentando recordar sobre quem havia telefonado: ela ou ele? Talvez fosse ela. Eu seria ele? Não importa, foi a segunda vez que se falaram. Depois tiveram outras. Outros e-mails. Muita, muita, muita conversa. Ela não queria admitir, mas estava ridiculamente interessada por um cara que nunca tinha visto na vida. Como podia? Como podia? Como podia? Estava.
Poucos dias antes, no computador:
- Não vou ficar com você, ela deixou bem claro. – No máximo, um beijo, finalizou.
- Tudo bem, ele respondeu. – Só quero ser teu amigo e vou me comportar, prometeu ele.
- E se eu me apaixonar? Questionou Carol.
- E se EU me apaixonar? Perguntou Edu.
- Aeh fodeu, ela disse.
- [Silêncio de Edu].
E lá estavam eles, na esquina do Mercado Municipal esperando o táxi que havia parado na rua paralela, porque ela, de tão desconcertada, errou o nome da rua. Mas o erro foi válido. Enquanto falavam sobre o tempo, Edu roubou-lhe um beijo. Um selinho. Carol ficou imóvel. Ela sorria, suava. Derretia-se diante daquele estranho conhecido. Um ar de mistério...
E ela pensava:
- Fodeu, vou me apaixonar!
E ele pensava:
- Realmente, a previsão é de muito, muito calor para os próximos dias...