quinta-feira, 31 de março de 2011

Religião - o Mal da História

Já ouvi que a AIDS foi o mal do século XX, todos sabemos o quão letal a peste negra foi em sua época e assistimos, mais recentemente, a morte de milhares de homens e mulheres por fenômenos naturais.
Agora, se olharmos para a História, é fácil ver qual é a farda usada por aquela que porta a foice! Não pense que ela vem de preto! Ela vem vestida de religião! A religião é o Mal da História!
Desde que se tem notícia, sacrifícios dos mais diversos - inclusive humanos - eram realizados para a satisfação de(os) (D)deus(es). Na verdade eu nunca vi - nem li - sobre um pedido divino quanto à vida do próprio fiel, tipo: "Se mata que Eu vou ficar feliz pra caramba!" A dinâmica não é essa!

(D)deus(es) está sempre interessado no sangue do outro, na conversão do outro, na mudança do outro, na explosão do outro. O fiel é o espelho e o mundo tem que ser refletido por ele. É difícil concluir que isso causa a intolerância? E não venha me dizer que a religião A ou B não é assim. A sobrevivência de todas elas está baseada na arte da conversão, do convencimento de que o que você faz não é tão bom quanto aquilo que eu quero que você faça! Na verdade todos os seus problemas são, provavelmente, causados por você não fazer aquilo que creio que você deva fazer. Isso também se aplica ao homonianismo - uma palavra que eu inventei pra me referir à atividade de propagação religiosa do gwl - gay way of life.

Depois de ganharem o direito de liberdade de pensamento e comportamento as pessoas parecem querer usar as armas das quais fugiam. Que diferença faz para o mundo se sou gay ou heterossexual? Quanto empregos diretos e/ou indiretos vou criar se beijar a boca de um homem ou de uma mulher dentro de um shopping center? Que mudança o salário mínimo - ou o salário máximo, dos políticos, por exemplo - vai sofrer se eu gostar ou não do gwl?

Eu sou apenas um sujeito dentro de uma sociedade que não tem o dever de pensar como eu penso! E eu, como sujeito responsável, tenho que preservar a condição de liberdade de pensamento conquistada pela sociedade ocidental - a qual, me parece, também vem sendo perseguida pela sociedade árabe. Se você não concorda comigo, tudo bem! Vamos tomar uma cerveja que está tudo certo! O importante é que a gelada desça por nossas gargantas e não uma opinião, à força.

Mais uma vez vamos assistir à Cruzada Evangélica contra os Homossexuais (ou troca-troca - leia-se: vice-versa). Só porque eu acho que a família é uma entidade sagrada todo mundo também tem que achar? E se tiver alguém que não concorda? O que fazemos com essa pessoa? Matamos? Convertemos? Se eu me acho uma mulher presa num corpo de homem, o que faço com aqueles que me acham uma #Devassa? Processo? Denigro sua imagem?

Não seria mais fácil cuidar de minha própria vida e respeitar as escolhas dos outros, independente se concordo ou não? Bom, o histórico da humanidade talvez responda minha pergunta com um não! Mas, se não é mais fácil, não seria mais proveitoso? Eu sei que esse meu argumento não traz nada de inovador, mas é um saco entrar no twitter e me deparar com nomes como Bolsonaro e Marco Feliciano. Pessoas tão intolerantes quanto as por eles intoleradas. Gente que quer enfiar goela abaixo suas opiniões e pontos de vista.

Da mesma forma que não saio mostrando minha bunda - e nem o pinto - por aí, não esfrego minha opinião na cara das pessoas. Se não concordo, se acho nojento, blasfemo, atrasado, inadequado, preconceituoso, o problema é meu. Esse bate-boca televisivo e internético só serve para assoprar mais peido no isqueiro! Nas palavras do sociólogo Demétrio Magnoli, essas pessoas querem ser a polícia da opinião. Querem estabelecer os limites daquilo que é certo ou errado pensar. Conviver com pessoas que pensam e agem diferente de nós é fruto da democracia. É ela - a democracia - que permite que o gay viva no mesmo país do fundamentalista evangélico (isso apenas para citar dois grupos intolerantes - me perdoem a generalização!). E o espírito democrático deveria nos levar à boa convivência.

Quer dá, dê! Quer orar, amém! O duro é sufocar a sociedade com teologia e ideologia barata!
Mas isso é só a exposição da minha opinião num momento catársico - um bundalelê de considerações

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4 comentários:

Vinicius disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vinicius disse...

HOMOSSEXUALISMO - O Mal da História. E ai biba vai achar ruim porque escrevi isso, vai dar piti, vai ficar nervosa??? Sabe o que eu acho? Eu acho é pouco, eu quero que se ferrem, até pouco tempo eu achava que o certo seria quem quer ser que seja cada um cada um, mas depois do que tenho visto por mim teria era pena de morte pra esses tal de homossexuais julgadas em uma corte oficinal quie poderia chamar Suprema Corte da Familia, porque ha tempos ja virou foi uma grupo de criminosos que mentem enganam e atacam. E bem isso mesmo, essa turminha não tem nada a me oferecer, quero distancia. VIDA LONGA A BOLSONARO e MARCO FELICIANO e a todos que defedem a familia, a moral o respeito.

Marina disse...

Nossa primo, quem é esse DOIDO que escreveu ai em cima??? Bom, eu achei realmente que era vc que tinha escrito o texto, agora que vi que não foi. Mas mesmo assim vou dar minha humilde opinião!

Meu comentário é: concordo bem médio (vamos tomar uma cerveja?)

Meu primeiro ponto de discórdia é que cada um tem o direito de dizer o que quiser e como o Dani citou Voltaire no twitter, ele pode estar errado, mas vou defender o direito dele de dizê-lo.

Não concordo, simplesmente porque a nossa liberdade termina onde começa a do outro (já que é pra usar frases hehe) e ninguém tem o direito de tentar impor uma opinião que fira o direito de outrem. Gosto é diferente de preconceito! É diferente eu gostar de laranja e você gostar de rosa vs. eu ser neutra em relação ao homossexualismo e Bolsonaro querer qeuimá-los na fogueira. Ninguém tem o direito de querer o outro menor, nem a igreja, nem homossexuais que se impõe - porque sim, alguns se impoem (impoem? enfim). Então quando ele dá uma declaração dessa, não! Eu NÃO vou defender o direito de dizê-lo!

E dai vem meu segundo ponto de discórdia. O fato é que eu penso o mesmo que você: porque cada um não pode ser cada um, eu aqui, hetero, ele ali, homo e tudo ok? Porque temos que fazer disso um big deal? Porque o gays estão nessa de se impor, de gritar aos quatro ventos que são gays??? Cara, muito simples. Porque assim como as mulheres cansaram de ser palhaças e teve um período que elas tiveram que ir pra rua queimar sutiã pra ver se a palhaçada sexista acabava, agora é a vez deles. Eu tô aqui no meu trabalho, votando e andando sozinha na rua porque há algum tempo alguém se impos e lutou por mim e queimou sutiã pra isso.

Querendo ou não, para os gays são séculos de repressão, vergonha e culpa e infelizmente, a gente está vivendo bem o estopim, o ponto do "chega", do "vamos nos impor até vocês nos aceitarem como iguais". E poxa, estão certos! Em algum momento essa "imposição" tem que ser feita pra, justamente no futuro, todo mundo conviver como você (e eu!) achamos que cada um tem que conviver: cada um na sua, numa boa, com respeito e sem reprimir o que o outro pensa.

E pro palhaço ai em cima, só pra sua informação: eu também defendo a família, a moral e o respeito. Você, pelo jeito, esqueceu do respeito.

Daniel Dedo disse...

Prima,
conheço o Daniel e acho que ele quis dizer a mesma coisa quer você! Hehehe.
A ideia é que todo mundo tem o direito de levar a sua vida como quiser, desde que não interfira no direito dos outros. E também não pode querer empurrar o seu jeito de viver goela abaixo nos outros nem fazer acepção de pessoas por elas serem diferentes de você.
A palavra chave, prima, como vc bem colocou, é respeito. Com respeito e diálogo, eu acho que todo mundo se entende. Mesmo que não concorde, se entende.
É por aí.