segunda-feira, 7 de junho de 2010

Se os pais já não educam e os avós estragam, vai querer que o Tio (Sam) chame a responsabilidade?


Sou um fã um tanto quanto desnaturado do seriado Sex and the City.

Já assisti algumas temporadas e quando a série virou filme, me recusei a assistir! "Primeiro quero assistir a todos os episódios, depois vejo o filme".

Só que essa ideia de assistir a todos os episódios não se concretizou até hoje. E com o lançamento do 2° filme, entrei na onda da HBO e assisti O Filme.

Talvez uma das partes que mais gostei é quando Miranda (Cynthia Nixon) está no consultório de uma terapeuta com seu marido. O conselho é mais ou menos assim: "ou vocês colocam uma pedra nas coisas que aconteceram e seguem a vida, ou a vida é que não vai seguir".

Isso é ao mesmo tempo sensacional e óbvio! É a sabedoria do lugar comum.

O premiê de Israel, Binyamyn Netanyahu deveria ser apresentado àquela conselheira!

Tudo bem, a pessoa tem quer ser imbecil para negar o Holocausto, mas ele acabou, passou. Não bastasse seu terrível acontecimento, alguns esclarecidos sabem um pouco de como foi a criação do Estado de Israel.

Não bastasse o genocídio de 6 milhões de judeus no século XX teremos agora, homeopaticamente, a morte dos cerca de 1,5 milhão de habitantes da Faixa de Gaza? Será que tudo o que Hitler conseguiu ensinar aos judeus foi como matar inocentes? Sim, inocentes! Se todos ali fossem terrorista suicidas eles se explodiriam ali mesmo e, ainda assim, fariam um puta estrago!

O fator trágico/cômico disso tudo é que a relação EUA/Israel parece escrita por Glória Perez. Tente se lembrar do casal César e Ilana (Antonio Calloni e Ana Beatriz Nogueira, respectivamente) eles achavam lindas as barbaridades cometidas por seu filhinho Zeca (Duda Nagle). Seja honesto comigo! A coisa não é por ai? A Casa Branca parece não ter olhos para as atrocidades de Israel. E será que só tem esses dois adultos nessa bola azul? Pelo amor de nós! Alguém tem que fazer alguma coisa! Se os pais já não educam e os avós estragam, dependemos que o Tio (Sam) chame a responsabilidade!

O que parece ser irônico é que turcos - sim, aqueles mesmos do Império Otomano que até o começo do século XX levavam terror a muitos habitantes daquela região - foram mortos armados com remédio e arroz.

Tragédia, comédia, ironia etc, de tanta qualidade que nossos escritores só conseguem retratar. Nessas horas chego a lamentar que O Autor não faça uso do Ctrl Z.

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