segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Ex-desaparecidas

Caso 1

Primeiro ela saiu do orkut.
Depois, virou raridade do MSN.
Na seqüência, começou a publicar posts no seu blog a intervalos cada vez maiores, até que um dia parou de publicar.
Como se não bastasse, deixou de responder e-mails.
Seu celular só dava caixa postal. Não havia retorno de SMSs.
O blog, então, saiu do ar. O blog que era uma espécie de paixão dela. Saiu do ar.
Começo a ficar preocupado. Será que algo lhe aconteceu?
Uma amiga passa a responder os e-mails por ela.
O último recurso foi o telefone de casa. A mãe atende, mas ela não está. Dias depois, não está de novo. Não retorna a ligação.
Bom, ao menos ao que tudo (ou a mãe) indica, ela está bem. Mas por que não fala comigo?
Será que eu errei ao tentar conhecê-la pessoalmente? Entidades virtuais devem permanecer em planos virtuais? O que teria acontecido àquela garota com nome de anjo e apelido gelatinoso?

Caso 2

Outubro, uma única noite. Entre todas as dançarinas da casa, só uma se destaca aos olhos deste observador, que, ainda iniciante, não ousa convidar-lhe para bailar. Não a ela, exímia, professora da tal arte. Busco, ao menos, trocar algumas palavras. Não há pretexto para iniciar o papo. A oportunidade não surge. Não ali, mas um pouco mais tarde. Da casa de dança, um grupo vai para um restaurante/lanchonete. Vou também. Observo as mesas juntas para receber o pessoal e armo o esquema para que ela sente perto de mim. Dá certo. O papo é bom. Trocamos endereços de e-mails. Depois trocamos e-mails. Depois seu namorico vira namoro e ela some. Não sai mais pra dançar. Desaparece. Os e-mails cessam.

Caso 3

Outra casa de dança. Peço licença à parceira oficial da noite para gafieirar com outra garota. Termina a música e a parceira oficial não está ali, na beira da pista, onde havíamos nos separado. Tampouco está na pista. Também não está em volta dela.
Procuro na parte externa da casa. Olho nas mesas, na área de dança, nos bancos. Nada. Volto à parte interna, olho em meio às rodinhas dos conhecidos. Nada. Decido dançar outra música, com outra parceira, mas meus olhos não ficam nela. Ficam em volta, à procura de um traço da parceira oficial. Ainda nada.
Começo a procurar em lugares improváveis. Formulo teorias. Não tenho idéia de quanto tempo se passou, mas sei que foi muito, bastante. As pessoas me perguntam se eu já encontrei e eu digo que não. Calculo se ela poderia ter ido embora, mas o volume das chaves de seu carro em meu bolso derruba a hipótese. Dou outra volta pela casa. Nada, nada, nada.

Reaparições
Enfim uma ligação deu certo. No dia de seu aniversário, a garota do primeiro caso atendeu pessoalmente ao telefone para receber os parabéns. Explicou os desencontros e tudo se encaixou.
Dias depois, em meio a uma dança em que há troca de parceiras, a garota do segundo caso surge inesperadamente, num tempo suficiente para um cumprimento até a proxima troca. Mais tarde, explica que o namoro havia virado noivado e que o noivado havia acabado. Ela voltara. E me concedeu ainda a última dança da noite, um samba de gafieira cujos passos ainda eram menos que meros esboços em nosso primeiro encontro.
Isso ocorreu minutos depois de a garota do casos três reaparecer, simplesmente "out of nowhere", como se tivesse se ausentado apenas uns minutinhos para bater papo com uma amiga ou ir ao banheiro. Contou que havia virado psicóloga acidental de uma pessoa que acabara de conhecer. Não viu o (longo) tempo passar.

Três reaparições em uma única semana. Espero que seja um bom sinal.

Um comentário:

Anônimo disse...

4 reaparições. vc aqui no blog tbm eh uma.