quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Qualquer um pode

O barzinho é simples, porém aconchegante. Meia-luz, bons músicos no palco. O que me chama a atenção são as pessoas que se concentram ali naquele espaço de onde parece que mesas e cadeiras foram arrancadas, abrindo uma clareira de chão liso e escurecido, um piso espalhado feito cimento queimado.
Calculo entre 16 e 20 pessoas. De oito a dez casais. Fácil como caminham, se movem com graciosidade e, abaixa daqui, vira dali, retorce de lá, criam nós corporais que desafiam a percepção do observador menos acostumado.
Não me atrevi a perder o contato com a minha cadeira. Não ousei tocar o solo da dança, nem mesmo para tentar. Que erro o meu.
Anos mais tarde, entrei na de dança. E descobri a verdade: a única pessoa que pode lhe impedir de dançar é você mesma. Simples como um dois e dois. E os befefícios são enormes.
Primeiro, é divertido. Relaxa, espairece. Segundo, é um exercício físico. Na soma, faz bem ao corpo e à alma.
Sei que os homens são mais resistentes. Aí vai um argumento cabal: não existe uma maneira mais fácil de abordar uma garota do que convidá-la para dançar. O convite dificilmente é recusado. Aceito, é preciso fazer sua parte. Dança zero, nessa hora, demonstra a farsa e revela intenções descaradamente. Você pode até se sair bem se jogar com bom-humor, mas se dançar pra valer (ou seja... se fizer com que ela dance junto com você), já terá valiosos pontos.
Às mulheres que titubeiam um elogio sincerícimo: enquanto dançam, vocês se toram ainda mais charmosas e atraentes e são mais admiradas.
O recado é: dance! Mesmo que você se considere a maior tábua viva do planeta. Dance. Qualque professor que você vê aí no Dança dos Famosos começou do dois e dois. Qualquer um pode. Até você.

Um comentário:

Unknown disse...

Let's dance then!!!!