terça-feira, 22 de maio de 2007

Caça-níquel do bem


Aperte bem o cadarço da sua bota, ponha a faca na cintura e não esqueça de amarrar bem a insigne faixa vermelha sobre a testa, segurando os cabelos.
Pronto: quase todos que passaram infância e a adolescência nos anos 80 já tiveram um arroubo nostálgico. Sylvester Stallone sabe bem disso. Muito bem.
A onda nostálgica tem seu lado controverso. Como disse a Rita Lee ao se referir à volta de Os Mutantes, parece “um monte de velhinhos tentando arrumar uma grana pra pagar o geriatra”. Ok, ok. A Rita tem até razão. Soa como o tilintar das moedinhas engolidas pelo caça-níquel. Mas tem momentos em que uma maquininha dessas pode ser bem divertida, mesmo que você perca algum dinheiro com ela (cuidado! Isto definitivamente NÃO é um incentivo ao jogo! Os 50 dólares que deixei nas máquinas e na mesa de Black Jack de um cruzeiro marítimo que o digam...).
O dono do cassino, agora, é Stallone. Primeiro, o ator/diretor/roteirista desenterrou o pugilista Rocky Balboa. Agora, volta com John Rambo (se você por acaso esteve fora da Terra nas últimas duas décadas, os gestos do primeiro parágrafo são distintivos do veterano no Vietnã).
Ok, ok, Rita. Ele está fazendo isso pra ganhar um dinheiro lascado mesmo. Mas, nestes casos... vale a pena perder uma graninha no caça-níquel.
O filme Rocky Balboa, o sexto da série, deixou isso claro. Mesmo que alguns (vários) diálogos sejam sofríveis, o resultado final diverte. Não é bom como o primeiro (assitam o primeiro!), mas também não é asqueroso como o quinto.
Agora, pra repetir a fórmula, Rambo volta em um filme cujo nome, ao que tudo indica, será... John Rambo. Simples assim. E tenho certeza que não só eu, mas muita de gente está ansiosa para comprar as entradas pra ver aquela cara torta enquanto uma .50 ou similar é descarregada.
Falando nisso... você sabia que o primeiro filme do veterano só teve uma morte confirmada e três possíveis? E que o terceiro da série entrou para o Guiness como filme mais violento da história, com 108 mortes confirmadas e 221 atos de violência? O que esperar deste quarto, então? Bom... não sei se haverá violência em quantidade. Mas a “qualidade” será requintada. Basta ver o primeiro trailer lançado. Rambo está mau. Mas o caça-níquel é do bem, sem dúvidas.

3 comentários:

Unknown disse...

"where there was darkness, light!"

Parece mt com um versículo em inglês q eu ouvi...

engraçado iso!!

SAM disse...

EU CONHEÇO VC.
GOSTEI DO MODO COMO VC ESCREVE, E OLHA ASSISTI TODOS OS ROCKS, TODOS OS RAMBOS, MAS OS TEMPOS ERAM OUTROS, Ñ ASSISTI O ULTIMO ROCK, TALVEZ COM VC EU ASSISTA O PROXIMO RAMBO, VAMOS VER. PARABENS

SILAS AUGUSTO

Thaís disse...

(dando pitaco outra vez)

Gostei do "arroubo nostálgico". Parece coisa de vovozinha assistindo "A Noviça Rebelde" e soltando aquele tradicional "Foi o primeiro filme que seu avô me levou pra ver no cinema"...

Crises houaisianas à parte, achei o trailer semelhante ao extinto Notícias Populares (leia-se: se torcer, sai sangue). Assistir notícias sobre o conflito da Vila Cruzeiro, no Rio, é mais barato e tem tanto sangue quanto...