quinta-feira, 24 de maio de 2007

O que você sabe?

Eu vivo em crise. A mais comum é a que eu chamo de “crise de mediocridade”. Acho que eu a inventei. Não conheço ninguém que tenha passado por isso. Em inglês, “ordinay” seria uma boa palavra para definir esse “adjetivo”. Ordinary significa comum, normal, habitual, simples, sem cor, sem graça, superficial = medíocre.

É horrível ser medíocre. Sente só: eu sei um pouco de informática, me viro com os computadores, mas tudo muito superficial. Falo um pouco de inglês e bem menos de espanhol. Sei cozinhar mais ou menos, entendo de vinho mais ou menos, sobrevivo. Conheço um pouco de música, gosto de jazz, mas não me pergunte sobre nomes ou algo relacionado à história do jazz, não saberei responder. A mesma coisa sobre rock ou qualquer outro ritmo. Cinema? Adoro cinema, mas só posso te contar sobre os filmes que vi até hoje e gostei. O mais além que posso chegar é dizer que “a fotografia do filme é belíssima”.

Fotografia. Entendo um pouco de composição que aprendi na época da faculdade com equipamentos analógicos. Agora, se me perguntarem sobre máquinas digitais, lentes, equipamentos... o máximo que vou conseguir é ligar minha pequena digital e fazer uma foto. Esportes? Só sei que torço pelo São Paulo. Não me pergunte o porquê nem o nome dos jogadores. Só vou conseguir te dizer que o Rogério Ceni é um ótimo goleiro. Sobre moda? Humpf... não entendo bulhufas. Uma coisa eu garanto: jeans e All Star formam um casal perfeito. Casal, casamento? Tenho quase 30 e nunca me casei, meus namoros sempre foram complexos – pra não falar medíocres. Apenas posso dizer que pessoas são complicadas e os homens, uhhh, difícil é saber o que eles querem em um relacionamento.

Política, economia, cultura... A lista é imensa. Quase interminável. Chatíssima. Resumindo: como disse Sócrates (acho eu) “Só sei que nada sei”, frase sábia e emblemática. A minha esperança e desejo pra minha vida, hoje, é de viver o suficiente para um dia poder dizer:
“Só sei que muito aprendi”.

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