domingo, 3 de junho de 2007

Boa vida (imaginária)

Nossa.... estive tanto tempo fora que meus posts sumiram do site!
Minha amiga Pri Carol escreveu tanto que... puxa, os meu ficaram lá pra baixo, relegados à lista do histórico.
Sinal de que ela anda inspirada.
Falando em inspiração... vamos ao post.


No momento em que eu estava deitado na proa de um barco a motor vi o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhar no céu da pátria. Ao som do mar e à luz do céu profundo, quem deitava em berço esplêndido não era o Brasil, mas eu, iluminado ao sol do Novo Mundo.
Esta relação toda com o Hino Nacional só podia ter acontecido mesmo em Porto Seguro. Onde passei a última semana (e de onde escrevo agora). Pena que o tal novo mundo não passasse ali de uma mera divagação sonhadora de um falso bon vivant.
Enquanto tinha aquela visão espetacular do mar da Bahia, criava imagens de uma vida que nunca tive e que talvez nunca tenha, mas que todos nós sonhamos em ter. A vida boa de um boa vida.
Quem nunca se imaginou vencedor da mega-sena? Em receber uma herança milionária de um parente desconhecido? Em dormir bem e acordar ainda melhor e riquíssimo?
Naquele momento, na real, eu era apenas um turista que se aproveitou do pacote mais barato para viajar uma semaninha sem gastar muito. Nas divagações, brincava de ser um homem acostumado àquela vida, pra quem o mergulho entre corais e peixes que eu acabara de fazer (prometo fotos em breve...) era um passatempo quase corriqueiro, coisa de fim de semana. E o barco era meu, claro.
Chegar a esta vida boa partindo de uma vida "comum", de classe baixa ou média, não é nada fácil. Talvez tenha sido isso que me desencantou um pouco na correria das redações: saber que o crescimento dentro da profissão é engessado e que, em 20 anos, por melhor que seja, provavelmente não tenha como conquistar sucesso suficiente para ter meu próprio barco.
Por isto estou dando um jeito pra tentar mudar de vida. Há uma perspectiva aqui e outra acolá, mas, até agora, nada concreto.
Vou correr atrás dessas perspectivas.
Enquanto isto, continuo jogando na mega-sena sempre que o prêmio bate na casa dos míseros R$ 10 milhões. Tá, é difícil ganhar. Mas se eu não jogar, a chance é zero. Jogando, ela é pífia em superlativo, mas não é nula.

Até mais.

2 comentários:

Thaís disse...

Não acho que o crescimento dentro do jornalismo seja assim, tão engessado. Acho que depende um pouco da gente o fato de querer crescer. Há algumas semanas, tive aula com uma professora, no curso de especialização que faço, que depois de anos de especializações, mestrados, doutorados e pós-docs, não sai de casa por menos de 10 mil reais por mês. Hoje ela é professora aposentada da USP e leva a vida dando consultoria para grandes empresas e cobrando horrores para dar aulas pelo país. OK, talvez pode não ser dinheiro suficiente para comprar um barco. Mas será que a felicidade está realmente nessas coisas?

Unknown disse...

hahhahahhaa
ameiiiiii o textoo!!
muito legal..
tambem quero ganhar na mega-sena..
;DDDDD
beijoss amore!!
to chegandoooooo
;********