terça-feira, 12 de junho de 2007

Pais, filhos, a música & o tempo

Alguns sons marcaram minha adolescência. Ouvi muito Nirvana (smells like teen spirit), Guns’n’Roses (november rain, don´t cry), Smashing Pumpkings (disarm), Red Hot Chili Peppers (give it away), A-ha (crying in the rain) e Legião Urbana (entre outras que não me recordo). Foram muitas as músicas do Legião, mas a que mais me marcou foi “Pais e filhos”. Eu não me dava muito bem com meus pais, com meu pai especificamente. Ele sempre foi super-protetor e não me deixava fazer nada. “Não” era a palavra que mais ouvia. Não podia namorar, não podia sair, não podia chegar tarde em casa, não podia conversar com os meninos... risos. Era muito “não” pra minha cabecinha.

Então, toda vez que eu ouvia “Pais e filhos” e chegava naquela parte que dizia: “Você me diz que seus pais não lhe entendem/ Mas você não entende seus pais/ Você culpa seus pais por tudo/ E isso é absurdo/ São crianças como você/ O que você vai ser/ Quando você crescer?...” eu ficava “P” da vida porque, embora não quisesse concordar, sabia que ele tinha razão ao cantar isso. Hoje, bem crescidinha, posso afirmar que isso é verdade. Sou um pouco (pra não dizer muito) dos meus pais. Isso inclui qualidades e, principalmente, defeitos. Constantemente tenho atitudes que mais detestava neles (digo isso sem ainda ter filhos, imagine quando tiver... dá até medo). Mas também herdei muitas qualidades, e disso me orgulho muito. Resumindo: ninguém é perfeito!

Nada como o tempo para nos ensinar algumas coisas. Aos poucos aprendo a perdoar mais e tento não guardar mágoas. Aceito algumas coisas ao invés de tentar mudá-las. Assumir o erro, pedir perdão e não culpar o outro não é fácil, mas com o tempo se aprende – tem que treinar. Não se apegar a coisas materiais, mentir menos, pensar antes de falar bobagem, se colocar no lugar do outro, ouvir mais e falar menos... a lista é enorme. Como cantava o poeta Renato Russo, ainda em "Pais e filhos": “É preciso amar as pessoas/ Como se não houvesse amanhã/ Por que se você parar, pra pensar/ Na verdade não há...”

2 comentários:

SAM disse...

MUITA MUITA VERDADE, MAS EU GOSTAVA DO A-HA, ROXETTE, E POR AI VAI, MAS CONCORDO PAI É PAI ATÉ DEBAIXO D'AGUA, A UNICA RAZÃO É QUE JA ESTÃO, AONDE NÓS ESTAMOS INDO.

Vin Severson disse...

Tenho medo em pensar em ter filhos !Apesar de querer mt, o mundo tá mt podre...Mas sou otimista !Existe coisas boas...

E Smells like teen spirit é um hino pra mim.(o q mais procuro no youtube atualmente)

Ah....e Acerola tb ! Não pode faltar !